sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Resultado de imagem para chupetas vilã  SUBTERFÚGIOS

Bem, o assunto hoje é no mínimo delicado. Vamos falar de um objeto que tem sido visto como aliado das mães, porém em nada auxilia a relação mãe bebê.
O uso de chupetas/bicos/pipos ou qual seja o nome dado a esse “vilão”, sim vilão; não devemos nos enganar... O uso desse objeto vem sendo trazido a vários anos e nós mães nos rendemos aos seus encantos.
Alguns especialistas ressaltam as vantagens do seu uso, que são definidos principalmente por acalmar os pequenos. Exatamente aí que mora o perigo. É por causa dessa vantagem que recorremos a chupeta!
Mas será que a chupeta realmente acalma, alguns psicólogos afirmam que a chupeta causa um processo de autocontrole precoce, fazendo com que o bebê deixe de expor suas emoções e necessidades.
Outros fatores indicados por vários profissionais estão listados abaixo (com suporte do site conversando com o pediatra – disponível aqui: http://www.conversandocomopediatra.com.br/website/paginas/materias_gerais/materias_gerais.php?id=77&content=detalhe ) 
1 - Inúmeros estudos mostram que a chupeta está sempre associada com um tempo menor de duração do Aleitamento Materno e que a mesma acaba por ser um indicador de dificuldades da amamentação. Este fato acabou sendo decisivo para que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) optassem como recomendação oficial de não utilizar bicos e chupetas desde o nascimento, pois o tempo de duração do aleitamento materno influi diretamente na saúde do bebê e da mãe, quanto mais tempo amamentar, mais saúde para ambos. Esta orientação é compartilhada pelo Ministério da Saúde do Brasil que desde 1990 optou pela implantação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança, que tem como regra (nono passo - o sucesso da amamentação) a não utilização de bicos, mamadeiras e chupetas em alojamento conjunto.
2 - Com relação a acalmar, temos uma linha de psicólogos que discordam desta forma de acalmar, pois temos inúmeras maneiras de acalmar um bebê (carinho, colo, cantar, amamentar, etc.) sem a necessidade de utilização de um artifício que traz malefícios para a saúde do bebê. Orientam ainda que quando uma criança começa a introduzir o dedo na boca, temos que dar uma função para as mãos, desta forma, entrega-se brinquedos adequados para a idade para que a distração seja direcionada em outro sentido. Claro que a criança poderá levar este brinquedo à boca (mordedores, por exemplo), mas isto não leva a vícios. Portanto não “vicia” em chupeta e nem no dedo.
3 - Outros estudos apresentam efeitos prejudiciais do uso da chupeta com relação à oclusão dentária, levando à deformação na arcada dentária e problemas na mastigação, além de atrasos na linguagem oral, problemas na fala e emocionais. O risco de má oclusão dentária em crianças que utilizam chupetas pode chegar a duas vezes em relação aos que não usam.
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4 - Temos ainda prejuízos respiratórios importantes, levando a uma expiração prolongada, reduzindo a saturação de oxigênio e a frequência respiratória. A respiração acaba ficando mais frequente pela boca (respiração oral), o que piora a elevação do palato (céu da boca), diminuindo o espaço aéreo dos seios da face e provocando desvio do septo nasal. A respiração oral leva à diminuição da produção da saliva, que pode aumentar o risco de cáries. Como a respiração nasal tem a função de aquecer, umidificar e purificar o ar inalado e isto não ocorre de forma adequada na respiração oral, temos maiores chances de irritações da orofaringe, laringe e pulmões, que passam a receber um ar frio, seco e não filtrado adequadamente.
5 - Outras consequências da respiração oral são: as infecções de ouvido, rinites e amigdalites.
6 - O uso de chupetas também está associado a maior chance de candidíase oral (sapinho) e verminoses, já que é quase impossível manter uma chupeta com higiene adequada.
7 - Na confecção de bicos e chupetas temos o uso de materiais possivelmente carcinogênicos (causam cancêr) que ainda carecem de estudos mais aprofundados.

Um estudo de revisão, multidisciplinar, publicado no Jornal de Pediatria em 2009, buscou na literatura prós e contras o uso de chupeta e chegou à conclusão final de que foram encontrados mais efeitos deletérios do que benéficos.
Essas são algumas posições de profissionais. Conte-nos suas experiências.
Eu como mãe posso afirmar que conseguimos sim manter nossos bebês longe de chupetas.